Como uma criança que engole um peixinho vivo
Que se debate por teimosia e alucinação
Sem esperança, apenas aflitivo e compulsivo
E fica estacionado ali na portinha do pulmão
Medos apolentados emboloram minha garganta
O enjoo dos bolores me dá ânsias
E o odor da incapacidade de mudar
Me pesa a cabeça em marasmática maresia
Quero regurgitá-los ou engoli-los
Mas os remorsos permanecem densos e imóveis
De dentro me olhando, apertando minha alma
Entre o esôfago e o estômago, na cárdia
Ali, o amor magoado, a paixão incompleta
As palavras não ditas, a imaturidade que se expressa
O ego aflorado, o limite desconhecido
A noite mal resolvida e a poesia a que se resumem
Djonatha Geremias
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